Estudo recentemente divulgado pelo Ibre/FGV mostrou que as mortes pela Covid-19 fizeram desaparecer R$ 5,1 bilhões da renda familiar dos brasileiros.
Estão incluídos não somente aqueles que estavam em plena atividade de trabalho, que são realmente a maioria, mas também aposentados.
Muitas vítimas do coronavírus eram a principal ou até mesmo a única fonte de renda da família. Sua perda, além do dano afetivo – irreversível e incalculável –, levou muitos brasileiros a uma situação ainda maior de vulnerabilidade.
A pandemia pegou o mundo inteiro de surpresa, é fato. A ciência e a medicina estão sendo céleres na busca por soluções relacionadas à saúde e a vida. Já para o problema financeiro, a solução existe e é antiga, mas pouco conhecida da população. Trata-se do seguro de vida.
Por falta de educação financeira, da inexistência de uma cultura do seguro no país ou até mesmo por tabu, o seguro de vida ainda não faz parte do planejamento financeiro das famílias brasileiras.
Uma pena, pois o seguro é um excelente instrumento de proteção de renda, é simples e tem um custo-benefício compensador.
Considerando os dados levantados pelo Ibre/FGV, foi de R$ 204 milhões o valor total de rendimentos mensais das 91,3 mil pessoas falecidas por conta do coronavírus no Brasil, com idades entre 20 e 69 anos.
Estamos falando, portanto, de uma renda média de R$ 2.234,40 por mês por pessoa falecida. Para receber uma indenização equivalente a cinco anos desse valor mensal, é possível encontrar no mercado seguro de vida entorno de R$ 40, um custo de 1,8% da renda da pessoa.
Pelo exemplo acima, fica claro que é um custo relativamente baixo. A pandemia, infelizmente, nos fez entender que a vida é frágil e esse assunto já não é mais um tabu.
Há ainda dois aspectos importantes a serem esclarecidos: o seguro de vida não entra em inventário, sendo rapidamente disponibilizado para a família; e a indenização é livre de qualquer imposto.
Parece impressionante que, por falta de informação, tantas famílias estejam hoje em situação crítica à mercê de decisões políticas acerca do auxílio emergencial.
Já é hora de o seguro de vida fazer parte verdadeiramente do planejamento financeiro das famílias brasileiras para que estejam protegidas na eventualidade de uma situação não esperada.
Se, culturalmente, já estivéssemos mais avançados neste assunto, muitas famílias atingidas pela pandemia teriam, pelo menos, suas vidas financeiras estabilizadas para que, com o tempo, pudessem se recompor.
Fonte: InfoMoney