Mesmo em tempos de crise, uma coisa é fato: quase todos os brasileiros sonham em sair do aluguel e ter a sua casa própria.
Todos os experts em educação financeira aconselham que a compra de um imóvel deve ser feita à vista ou com uma boa quantia de entrada. Porém, sabemos que essa é uma realidade bem distante da maioria dos brasileiros.
Atualmente, existem algumas opções para a aquisição de imóveis disponíveis no mercado: financiamento com o banco, financiamento com a construtora, financiamento com crédito pessoal, consórcio. Logo abaixo vamos falar das duas modalidades mais comuns – financiamento com o banco e consórcio.
Financiamento com o banco
Para muitas pessoas, o financiamento direto com o banco é a opção mais lembrada quando se pensa em comprar um imóvel. E pode ser uma boa solução para quem tem pressa mas não possui todo o capital necessário para comprar uma casa à vista.
O financiamento bancário pode facilitar a vida de quem precisa de um imóvel em poucos meses e é realizado de duas maneiras:
- Sistema Financeiro da Habitação (SFH): sistema criado pelo Governo Federal para aquisição de imóveis até R$ 1.500.000,00. Neste sistema existem diversas modalidades de carta de crédito, como a do FGTS, do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE), do Pro Cotista e do Minha Casa Minha Vida.
- Sistema de Financiamento Imobiliário (SFI): faz o financiamento de imóveis acima de R$ 1.500.000,00 com taxas de juros maiores do que as praticadas no Sistema Financeiro da Habitação (SFH).
Mas a rapidez na liberação do valor financiado tem seu preço: os juros! Comparado a outras modalidades de financiamento, os juros cobrados pelos bancos são bem mais altos e podem até duplicar o valor final do imóvel. E além de aumentar o valor da dívida, os juros são responsáveis por “prenderem” o consumidor por muitos anos ou até décadas para quitar o saldo devedor.
Consórcio imobiliário
Um consórcio nada mais é do que uma poupança coletiva. Um grupo de pessoas se reúne por intermédio de uma administradora fiscalizada pelo Banco Central e paga a ela um valor por mês por um determinado período de tempo.
A soma das parcelas pagas mensalmente pelos integrantes do grupo permite que um ou mais consorciados sejam contemplados e adquiram uma carta de crédito para comprar seu imóvel à vista.
A contemplação no consórcio imobiliário pode ocorrer por sorteios feitos pela Loteria Federal (onde todos os consorciados competem em condições de igualdade) ou por lances (os participantes oferecem lances que antecipam certo número de prestações e quem der o maior lance, leva a carta de crédito).
Vantagens do consórcio em relação ao financiamento
- Menos burocracia para adquirir uma cota – na maioria da vezes não é necessário comprovar renda para comprar uma cota (uma excelente oportunidade para as pessoas que trabalham informalmente, no entanto, mesmo essas pessoas tem que se programar e formalizar sua renda, pois no momento da contemplação é preciso apresentar os documentos que comprovam seus rendimentos)
- Não há necessidade de entrada – o valor escolhido pelo participante para o consórcio de imóvel será parcelado de forma igualitária por todos os meses do contrato
- Não tem juros – como não se trata de um empréstimo e sim de uma “poupança”, não há cobrança de juros (o consorciado só precisa arcar com as taxas de administração, adesão, seguro e fundo de reserva, de acordo com as regras de cada administradora)
- Menor duração do contrato – enquanto um financiamento tradicional pode durar até 35 anos, os consórcios duram de 10 a 15 anos, aproximadamente.
- Possibilidade de uso do FGTS – é possível utilizar 100% do seu FGTS no consórcio para dar lances que podem adiantar a sua contemplação ou para completar o valor da carta de crédito (apresente o extrato do seu Fundo de Garantia à administradora para saber mais ou consulte as regras do fundo gestor do FGTS)
- Você decide como utilizar a carta de crédito – quando você é contemplado, você terá liberdade para decidir se comprará uma casa ou um terreno, se vai construir ou ampliar ou se vai comprar aquela casa na praia que tanto sonhou
Consórcio é uma boa alternativa ao financiamento?
A resposta é: depende! Depende do tempo que você tem e do valor que você quer gastar.
Se você está com pressa de sair do aluguel ou precisa de um imóvel imediatamente e não se importa com os juros altos nem com a longa duração do seu contrato, o financiamento é a melhor solução para você.
Porém, se você não tem pressa em adquirir seu imóvel e prefere taxas administrativas ao invés de juros altos, o consórcio é a melhor opção. Com ele você terá prestações menores e que não pesam no orçamento.
3 dicas para evitar os erros mais comuns na hora de comprar um imóvel
- Não assuma prestações que comprometam mais do que 30% do orçamento familiar: a compra de um imóvel é um projeto de longo prazo e deverá ser honrado durante muitos anos. Se você ficar inadimplente, além de multas em razão do atraso nos pagamentos, pode inclusive perder o imóvel.
- Não tenha pressa para comprar seu imóvel: por mais que você queira ter sua casa ou apartamento próprio o mais rápido possível, reserve um tempo para analisar e comparar todas as opções que você tem. Lembre-se que as decisões que você tomar neste momento irão impactar sua vida pessoal e financeira por um longo prazo.
- Não esconda nenhuma informação pessoal do seu avaliador: muitas pessoas escondem compromissos financeiros (como empréstimos consignados, veículos financiados, entre outros) com medo de não conseguir aprovação do financiamento ou consórcio. Porém, hoje em dia, todas as instituições desses segmentos têm acesso junto ao Banco Central do Brasil, às informações de empréstimos e podem descobrir que você está mentindo e reprovar seu pedido de crédito.
Com um bom planejamento financeiro, é possível sair do aluguel e começar a criar um patrimônio que vai beneficiar você e toda a sua família. A FBN possui um departamento dedicado exclusivamente a Serviços Financeiros e pode te auxiliar na escolha da modalidade de financiamento mais adequada ao seu perfil e ao seu momento de vida. Fale com a gente!