Preocupação com o futuro faz os jovens aderirem aos planos de previdência
Os brasileiros estão cada vez mais preocupados com o futuro e com a intenção de garantir uma velhice mais tranquila. As discussões sobre a reforma da Previdência Social brasileira têm deixado várias dúvidas, isso acontece porque o cidadão está cada vez mais preocupado em garantir a tão sonhada aposentadoria. O medo de que as propostas possam ser aprovadas tem sido positivo para o mercado da previdência complementar, que aumentou o número de seu público nos últimos anos. Somente em 2017, os fundos de previdência renderam 9,8% a 26,7%.
Dados registrados pela Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiros e de Capitais (Anbima) indicam que atualmente há cerca de 1.100 planos de Previdência Complementar, e a procura por esses planos tem vindo de um público mais jovem, inferior a 30 anos, que se preocupa em formar uma poupança para o futuro. Para o diretor de licenciamento da Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc), Carlos Marne, as pessoas têm aderido planos como uma forma de prevenção. “Um ponto a destacar é a proteção à família. As pessoas têm feito planos de Previdência Complementar para a família, para o filho recém-nascido”, explica.
O diretor esclarece que os planos previdenciários são operados por 300 entidades fechadas, que abrangem uma população de aproximadamente 2,4 milhões de pessoas ativas que se divide em 600 mil aposentados, 200 mil pensionistas e mais 3 milhões de pessoas que podem a vir a receber benefício previdenciário. A Previdência Complementar tem crescido em função dos planos para servidores públicos – de acordo com dados passados pelo diretor, em 2014 tinha aproximadamente 26 mil pessoas cadastradas nesses planos, em 2018 já somam 100 mil.
A previdência privada é uma aposentadoria que não está ligada ao sistema do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Ela complementa a previdência pública. Sendo assim, se torna importante para os brasileiros que se preocupam em planejar um futuro melhor ao perceberem que os valores pagos pelo Regime Geral de Previdência Social não são suficientes para se manter.
A secretária geral do Instituto Brasileiro de Direito Previdenciário (IBDP), Elenice Hass explica que o interesse em aderir à previdência complementar está ligado à qualidade de vida. “A importância de querer manter o nível de vida que tinha na ativa é onde cresce o interesse pela previdência complementar”, argumentou.
Hass explica que o Regime de Previdência Complementar se divide em fechado e aberto, sendo o fechado constituído pelos fundos de pensões administrados por instituições sem fins lucrativos que mantêm planos de previdência coletivos. Estes fundos são acessíveis somente para grupos de trabalhadores de determinadas empresas ou entidades de classe que fazem a gestão do próprio fundo.
De outro modo, as entidades abertas são operadas pelos bancos ou seguradoras, têm fins lucrativos. “O investimento nas entidades abertas são mais uma forma de investimento financeiro previdenciário”, conclui.
FONTE: ANASPS